No século XVIII, Minas era o centro das atenções. Naquela época, a produção de ouro e pedras preciosas enchia de brilho os olhos dos exploradores.
A fama de um povo mineiro hospitaleiro vem dessa época, quando as estradas de Minas eram repletas de tropeiros que viajavam das jazidas aos portos de exportação no litoral.
Ouro Preto, que hoje é Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO, chegou a ser palco da mais importante insurgência contra o domínio português.
Naqueles tempos, a vida política, artística e cultural no Estado era muito intensa. Como resultado, Minas hoje tem a maior concentração de sítios barrocos da América: são ricas heranças presentes na literatura de Tomás Antônio Gonzaga, na pintura de Mestre Ataíde, nas esculturas de Aleijadinho e na bela arquitetura daquele período.
O trabalho de preservação desse patrimônio é tão bem sucedido que, no Brasil, quando se pensa em locações para filmes que remetam aos séculos XVIII e XIX, a primeira imagem que vêm à mente é de uma típica cidade histórica mineira.
Com esse passado tão rico, Minas foi se tornando, naturalmente, o Estado mais culto da nação. Hoje, as universidades mineiras estão no topo de qualquer listas das melhores.
Aqui nasceram e se formaram figuras internacionalmente conhecidas como os escritores João Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade, cantores como Milton
O cineasta Humberto Mauro praticamente inventou o cinema brasileiro. Pioneiro e visionário, ele desenvolveu a linguagem e deixou para toda a nação um importante legado.
No campo político, Minas sempre teve influência nacional. Nos anos 50 e 60 do século XX, o Presidente mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira, com o lema 50 anos em 5, levou o Brasil ao período de maior desenvolvimento de sua história. Foi em seu governo, inclusive, que nasceu a cidade de Brasília, a atual capital brasileira.
Quem desenhou e planejou a nova capital federal foi Oscar Niemeyer, cuja parceria com Juscelino já vinha do início da década de 40, quando Juscelino ainda era prefeito de Belo Horizonte (capital de Minas Gerais) e Niemeyer criou o conjunto arquitetônico da Pampulha.
O complexo da Pampulha foi a primeira grande construção moderna brasileira. Na época não foi compreendida, gerou polêmica, chocou os mais conservadores. Hoje, é amplamente estudada como um marco do modernismo no país e no mundo.
Também, nos dias atuais grandes centros empresariais, e muitas construções erguidas com estruturas e materiais inovadores se erguem por todos os lados das grandes cidades mineiras, reflexo de um consistente crescimento econômico.